Orquídeas da Chapada Diamantina
de Antonio Toscano | Phillip Cribb



400 páginas

Formato: 23 x 32cm

Editora Nova Fronteira

Indisponível





Orquídeas da Chapada Diamantina é um importante levantamento das espécies que ocorrem naquela região. É indispensável nas bibliotecas de orquidários, pesquisadores, orquidólogos, orquidófilos, estudantes de botânica, sociedades, associações orquidófilas e admiradores da flora brasileira em especial.
Livro escrito pelos botânicos Antonio Toscano de Brito e Phillip J. Cribb, capa dura, com 400 páginas exibindo cerca de 140 fotografias coloridas de Calil Elias Neto, 135 ilustrações a bico-de-pena e 15 aquarelas do artista Paulo Ormindo.

 

A. L. V. Toscano de Brito é botânico e fez seu doutorado no Royal Botanic Gardens, Kew, Inglaterra, sob a orientação de Phillip Cribb.

Seu primeiro contato com a Chapada Diamantina foi em 1989 em conseqüência do convite que recebeu daquela instituição para escrever o capítulo das Orchidaceae no livro Flora of the Pico das Almas. Curiosidade despertada, vem executando desde 1995, um minucioso levantamento das orquídeas de toda a região.

Dentre as 175 espécies (distribuídas em 65 gêneros) agora conhecidas para a região, 127 são apresentadas no livro trazendo descrições botânicas, completa lista de sinônimos e detalhadas discussões morfológicas e taxonômicas ao mesmo tempo é também acessível ao leigo interessado na riqueza da flora nacional. Novas espécies descobertas na região foram incluídas nesta publicação com destaque para a Sobralia sp de flor grande (em fase de descrição) e Sarcoglottis riocontensis Smidt e Toscano.

Com ocorrência estimada em 300 espécies, a diversidade dos gêneros encontrados nos mostra também a riqueza de clima que permite até mesmo a presença de plantas que são abundantes nas regiões montanhosas do sudeste como as espécies de Pleurothallis.


O checklist traz mais de 10 espécies deste gênero, assim como de Bulbophyllum e de Habenaria, quase 10 de Cleistes e de Cyrtopodium, 8 de Maxillaria. Além, é claro, das consagradas Cattleya amethystoglossa Linden & Rchb. f, Cattleya elongata Barb. Rodr. (que, de tão abundante, Toscano de Brito considera que deveria ser a orquídea-símbolo da região), Laelia (Sophronitis) bahienses Schltr. pfisteri Pabst & Senghas, Sobralia liliastrum e também terrestres como Sacoila lanceolata.
A Chapada Diamantina já é bastante referida no círculo orquidófilo sobretudo em função das plantas endêmicas que ali crescem ou que lá têm seu habitat mais rico, como a Laelia sincorana Schltr. [Sophronitis sincorana (Schltr.) Van den Berg & Chase - Serra do Sincorá, 1.300m de altitude], Laelia (Sophronitis) x mucugense Miranda (híbrido natural de Laelia bahiensis Schltr. x Laelia pfisteri Pabst & Senghas), Cattleya tenuis Campacci & Vedovello e C x tenuata V. P. Castro & Campacci ex Braem (aparentemente endêmicas).


A introdução geral à Chapada da Diamantina é escrita por Raymond Harley (RGK) e nos dá uma excelente idéia de sua geografia abordando o clima, panorama, vegetação, geologia e adaptações, explicando os contrastes, discorrendo sobre os mananciais, sobre os leitos horizontais de arenito (tão peculiares, também chamados de mesetas ou tepuis), os campos rupestres de altitude, sistema fluvial, secas, exuberância do verde e assim por diante.
Localizada no estado do Bahia e faz parte da cordilheira conhecida como Serra do Espinhaço, com mais de 1.000km de extensão (de Ouro Preto - Minas Gerais até Jacobina - Bahia).
Sua altitude máxima ultrapassa 2.000m e estando encravada na região nordeste tem um clima complexo possibilitando uma rica variedade da flora e em particular da Orchidaceae (R. M. Harley, Introdução).